E a aventura continua. Depois do SPA do dia anterior, entenda-se por massagem natural da fricção do corpo em cima da bicicleta pelos abundantes pedregulhos, os nossos guias, Luis e Conchinha antecipavam um grupo menor. Era evidente que não conheciam os Papa Trilhos! À hora marcada, depois do pequeno almoço, estávamos todos preparados para a 2ª parte do SPA personalizado.
Este percurso iria levar-nos pelas Calçadas Romanas, foi o que nos disseram. Saímos da aldeia e pouco depois lá estávamos a testar as suspensões das bikes. E elas até se portaram muito bem, sem problemas mecânicos de maior, sem furos, estavam no espírito do passeio, divertimento e boa disposição. É claro que este pensamento era interrompido por alguns declives mais acentuados e que nos faziam meditar nos motivos da pratica do BTT, mas logo a seguir alguém nos fazia um reset e estávamos prontos para a próxima, sim, porque havia sempre uma próxima.
E com Castelo de Vide na rota do nosso percurso, fomos informados de um cruzamento especial, que segundo os guias, separaria os homens dos meninos. Eu não sei se me enganei a virar no cruzamento, mas a verdade é que ainda descemos mais um bom bocado, o que não era bom sinal, pois significaria que a subida seria maior.
A subida era a calçada romana para a Sra da Penha, e embora o início até nem fosse complicado, lá mais para a frente entendemos o porquê dos comentários dos guias. Uma calçada bastante técnica e com uma inclinação que aumentava exponencialmente. Com a transmissão na avózinha (porque não havia mais) lá se conseguiu chegar até lá cima, sempre a pedalar. Ufa......
No cimo, encontrámos-nos todos e seguimos para o miradouro sobre Castelo de Vide, onde as paisagens revitalizaram o corpo e a mente. Tirámos mais uma foto de grupo para o álbum e a paragem seguinte seria em Castelo de Vide. Até lá, uma descida muito técnica, seguida de uns degraus para entrarmos na vila. Fomos até ao largo e parámos num café para abastecimento com uns pasteis de nata de tamanho familiar.
Repostas as calorias, o ritmo de regresso aumentou. Já com os petiscos em mente, depressa chegámos à aldeia onde aguardava-nos a última sessão dos gastronómica, um rancho bem aprumado para a despedida de Marvão. Como podem verificar, o grau de dificuldade associado ao acumulado dos petiscos era bastante elevado, mas conseguimos superà-lo!
Mas o dia ainda não havia terminado, mas a essa parte já lá vamos... Temos de fazer justiça ao fim de semana e ao modo que fomos recebidos numa aldeia onde só se ouve o barulho das estrelas. O Luis e o Conchinha da BikeSpirit, brindaram-nos com a arte de bem receber, num conceito de turismo bastante interessante. Alojamento em casas da aldeia, dispersas, muito apromadinhas e confortáveis. Sobre os petiscos, a reportagem diz tudo e o nome da aventura também. Mais uma vez a gastronomia portuguesa soube fazer jus ao seu bom nome.
Faltava o regresso a Fernão Ferro. Bicicletas novamente no autocarro e viagem com o ouvido no estádio do Guimarães. E terminamos com a cereja no topo do bolo, o Benfica Campeão! A Dulce lá terá de fazer um upgrade ao cachecol para 34!
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