Reportagem por Ivo San
Depois de milhares de minutos sem colocar as pernas na “moinha”, depois de dores, depois de repostas as horas perdidas em sono, depois de umas curtas e merecidas férias, depois de isto e depois daquilo, eis que fui andar novamente de bike com o Grande Mimosa, depois de tantos convites, eis que o Zen Boy voltou.
Foi um acordar repentino, pois já estava mesmo em cima da hora e a casa do Mimosa ainda fica a alguns Km´s, foi um vestir algo apropriado e ala que já se fazia tarde.
O dia esse estava radioso mesmo às 07h30, hora combinada, já se via o calor que prometia. O ponto de encontro seria nas bombas da BP pertinho da casa do Mimosa, o mesmo foi pedalando mais à frente afim de ver se haveria mais canditados a este esforço imenso que seria a nossa volta. O objectivo era ser uma volta soft por estrada até Alcochete.
Iniciámos a voltinha em direcção à Penalva, subindo para Cabeço Verde, Alhos Vedros e Moita, onde passamos junto aos preparos para a festa equestre que se irá realizar brevemente. Seguimos junto ao rio pela ciclovia, entrando depois numa outra em direcção ao Rosário.
No Rosário virámos à direita em direcção a Sarilhos Pequenos, onde vimos muitas ratas na estrada, ou ratazanas vulgarmente denominadas, seguindo depois pela estrada nacional a caminho do Montijo, sempre em boa rotação, não fosse eu a seguir o “Fugas”.
Já no Montijo, passámos perto do Fórum, sempre com o sentido do Seixalinho, já com o objectivo de Alcochete praticamente atinjido, foi um rolar constante até lá, onde vimos os preparos para mais uma festa, esta do famoso Barrete Verde. Aqui em Alcochete e depois de cumprimentar mais um amigo do Mimosa, fizemos uma breve paragem para o cafézinho.
Repostas as energias, seguimos pelo meio da vila em direcção ao FreePort, passando mesmo ao seu lado, parando rápidamente numa bica para abastecimento de àgua e logo continuarmos a marcha em direcção ao Passil. Aqui vi pela primeira vez milhões e triliões de “ranhosos”, ou caracóis como lhes chamam, eram aos montes nos arbustos pelos vários km’s que ali percorremos, parecia espetadas de caracois, eram tantos mas tantos todos a passear em alta velocidez tipica Alentejana (estavam parados). Neste troço as pernas e o meu joelho já se queixavam, foram dois meses fora - "isto pesa", ia pensando eu ao tentar apanhar o meu companheiro de volta.
Chegado ao seu encalce, reparei que a sua roda traseira estava com um rolar um pouco desconcertado, ao que me foi dito que um raio já se tinha partido e para ir andando que iria tirar umas fotos as espetadas de caracois.
Findo essa estrada e já de novo agrupados, virámos à direita em direcção ao Pinhal Novo. Pensava eu quando é que chegava a casa, pois já estava de rastos, quando a roda do mimosa aparentava ter bebido uns bons canecos, andava num vai e vem, “olha já se foram mais dois, encosta aí”, no total 3 “recorde batido” o raio dos raios tinham dado por terminada a nossa volta. Graças aos benditos raios as pernas tiveram uns descanço de rei, pois fizemos o restante percurso numa carrinha branca, num estado bem mais confortável para se fazer bons km´s.
Foram cerca de 67km’s sempre em boa rotação…até certa parte!
Participantes: A lebre e a tartaruga (Mimosa San e Ivo San)