Reportagem de Pedro Santos
Colocado o convite pelo Rui San aos Papa Trilhos interessados num passeio pela Serra de Sintra, conseguiu-se a representação do grupo por 6 elementos: O Rui, o Félix, a Dora, o Nelson, a Sandra e eu (Pedro).
Como estreante nesta serra, não posso deixar de deixar um retrato comparativo entre a nossa serra – a Arrábida – e a de Sintra. Não é possível adjectivação do grau comparativo em termos de qualidade das serras, mas sê-lo-á certamente possível quanto à inclinação… está explicado mais à frente.
Começando então a descrição da nossa voltinha… eram aí umas 8:25, e já o Rui andava à briga com a bomba de ar, que insistia em libertar qualquer pressão que houvesse na câmara-de-ar. À falta de alternativa, foi a oportunidade de testar as bombinhas de CO2. As conclusões deste teste é de que é realmente muito rápido, mas 1 botija de 12g só enche satisfatoriamente se for a roda da frente, que por acaso até era a nossa situação. Para a roda de trás, seria necessário abrir a segunda botija.
Entretanto chegaram os restantes elementos Papa Trilhos. Foram então os monta andaimes, escadas e escadotes do Félix para que finalmente pudesse aceder à parte superior do seu tractor e recolher as meninas – leia-se bikes.
Ainda tivemos oportunidade de ajustar a roupa às temperaturas razoavelmente frescas para um dia de sol e, às 8:45, estávamos a dar as primeiras pedaladas. Como não podia deixar de ser, começámos a descer, que durou 5 metros… e acabaram-se as descidas! Uma pequena passagem por alcatrão e lá estávamos nos trilhos, claro, a subir. Subimos mais um pouco mas depois subimos, para não ser sempre a subir. Tal como até no ponto de encontro, andei quase sempre perdido. Por isso, também não era aqui que iria saber onde estava, por isso, subimos outra vez, em direcção ao Castelo dos Mouros.
Aqui, começou-se a observar a primeira diferença para a nossa Arrábida: As subidas são frias, compridas e com um declive médio bastante mais intenso.
Passado cerca de uma hora a pedalar e, finalmente, chegámos a um sítio em que sabia onde estava! Estava lá escrito: “Palácio da Pena”! Quando olhámos para os conta-quilómetros, eis o primeiro impacto: 5,7 Km percorridos! Nada mau, para uma hora a pedalar. Ah, já agora, entretanto já ninguém estava com frio… antes pelo contrário!
Continuámos então o nosso percurso, já com algumas descidas , mas também com algumas subidas das duras.
Para não ser sempre a subir, fizemos uma longa descendente de aproximação à barragem da Mula. Como é da praxe, sítio giro é foto de grupo!
Como numa barragem a probabilidade de descida é nula, lá voltámos à conquista do acumulado, onde encontrámos o grupo Terra Agreste que nos convidou a juntar-se a eles sempre que quisermos, tendo-nos prometido percursos pitorescos pelos diversos trilhos da Serra de Sintra.
Continuámos até que parámos num monumento na Peninha - uma vista magnífica! Como não podia deixar de ser, registámos umas fotos de grupo com a praia de fundo.
Aqui desfrutámos a vista da Arrábida, bem lá ao fundo! Ainda tentámos observar se víamos algum Papa Trilhos lá no topo, mas havia uma neblina pelo meio que estorvava um pouco a visibilidade.
Como as árvores são altas e densas, proporcionam uma vegetação bastante cerrada, que a juntar à grande inclinação, resulta numa vista magnífica.
Tivemos ainda oportunidade de nos cruzarmos com uma prova de atletismo e outra de ciclismo que decorria na Serra, onde assistimos por diversas vezes à confusão entre as marcações e abastecimentos do Atletismo e as respectivas do Ciclismo.
Para acabar em beleza, subimos até à Torre de Vigia, onde pudemos desfrutar mais umas paisagens magníficas. Como não podia deixar de ser, uma foto de grupo para registar o momento!
Na descida, tivemos o privilégio de uma demonstração ao vivo de quais as consequências de cair para cima de cardos, espinhos e outros afins bicudos! Pois é, como bom guia, o Rui fez-nos essa demonstração! É caso para dizer, que o Rui ficou todo roto nesta voltinha!
Como o relógio já não estava a nosso favor, voltámos ao ponto de origem, pelo alcatrão. Teria sido sempre a abrir, não fosse a inclinação da estrada estar ao contrário…
A Serra de Sintra é mais um belíssimo local do nosso Portugal, bastante interessante para se fazer btt.
Foi mais uma voltinha de grande boa disposição, onde não podemos deixar de dar os parabéns à Sandra e à Dora que foram as grandes campeãs da volta: Nunca se negaram às subidas!