Reportagem por Paulo Alex
Para este fim de semana estava programada a 1ª aventura Papa Trilhos de 2015 - a muito aguardada visita aos trilhos de Marvão. Depois de nos deliciarmos com alguns vídeos e fotos que fomos vendo na net, havia chegado o momento em que iríamos aferir na primeira pessoa a qualidade dos trilhos e petiscos, não fosse o nome do passeio de Papa Trilhos Marvão BTT & Petiscos. No fundo, a parte do BTT era só uma desculpa para os petiscos... Será?
Bem, o programa começou logo na 6ª feira, com o ponto de encontro ao final da tarde no Parque das Lagoas. Bicicletas arrumadas, check-in feito, lá fomos "papar" uns bons Kms de asfalto até à aldeia de Beirã, mesmo no coração da Serra de S. Mamede.
Pelo caminho, parámos na estação de serviço de Montemor para o primeiro abastecimento do programa. Em jeito de pique-nique fizemos desaparecer uns quantos frangos assados e umas mais minis para a preparação do prometido acumulado do dia seguinte. Chegámos a Beirã já perto da meia noite onde o nosso anfitrião da BikeSpirt, Luis Catarino, estava em prontidão para nos receber.
Bicicletas retiradas do autocarro, quartos distribuídos, era tempo para umas horas de sono.
O sábado amanheceu a condizer com a boa disposição dos Papa Trilhos. Um sol que antevia algum calor e com um percurso que nos iria levar pelos trilhos das Rotas do Contrabando. Pelo menos foi o que nos disseram. Depois do pequeno almoço, as primeiras pedaladas foram em direcção a Marvão. Os trilhos iniciais não tinham exigência técnica, mas logo cedo começámos a degustar o tipo de caminhos que iria protagonizar o fim de semana. Trilhos de pedras e rochas, bem diferentes dos que estamos habituados na nossa Arrábida. E as subidas... A primeira digna de registo e que não passou despercebida a ninguém, foi a calçada romana até ao castelo de Marvão.
Durante a dolorosa subida, partilhámos o caminho de calçada com os atletas do Ultra Trail de S. Mamede. O último patamar da subida, levou-nos à entrada da muralha para depois nos deliciarmos, não com as vistas (ainda não) mas com um licor de castanha. Depois, sim, as vistas. E valeu a pena o esforço e os desabafos no esforço da subida.
Aproveitámos para a foto de grupo da praxe. Como não dava para subir mais, só podíamos descer. E assim foi, descida brutal até ao fundo do vale, com uns trilhos mais técnicos e umas curvas manhosas a apelar para a nossa maior concentração. Muito divertida.
Fomos somando alguns kms, muito devagarinho, pois as pedras eram muitas e não nos permitiam ritmos maiores. Mas as paisagens, essas inspiravam-nos de força para o acumulado que não parava de aumentar. Passámos alguns riachos para refrescar de um dia de calor alentejano e com a hora de almoço já no horizonte, os nossos guias abreviaram caminho para cumprirmos o programa dos petiscos.
Depois de 39Kms e cerca de 900m de acumulado de subidas, estávamos em modo esfomeados para o belo almoço que nos aguardava. Umas tábuas de enchidos e queijo para entradas, seguido de uma carne de porco à alentejana a condizer com os belos trilhos e paisagens da voltinha de manhã.
O resto da tarde foi para descontrair até à nova hora dos petiscos, ou seja, o jantar, com novas entradas e uma massa de vegetais com camarão para preparar os mais resistentes para o passeio nocturno.
O passeio nocturno começou cerca das 21.30h, para um percurso de 10Kms pelas estradas e caminhos mais próximos da aldeia. Alguns Papa Trilhos optaram por fazer gazeta do nocturno e foram para uma caminhada até ao café da aldeia. A registar mais uns bons trilhos e uma queda mais aparatosa da Dulce, mas sem consequências de maior (a bicicleta ficou bem!).
E ficámos por aqui... Amanhã há mais!