PAPA TRILHOS - HÁ 16 ANOS A PEDALAR COM A NATUREZA. TRAVESSIA 2024 - PEREGRINAÇÃO A SANTIAGO - 30 DE MAIO A 02 DE JUNHO. .

Papa Trilhos® - Fernão Ferro/Seixal

Os Papa Trilhos surgiram a partir de um grupo de amigos que têm em comum o gosto pelo BTT e cujo o lema é "Pedalar com a Natureza".

Aos domingos de manhã alguns elementos da equipa e outros amigos juntam-se para ir pedalar. Por isso se também quiseres ir pedalar, aparece no Parque das Lagoas de Fernão Ferro/Seixal (largo das festas populares - GPS 38,557800º -9,091630º), aos domingos, 08.00h (horário de verão), 08.30h (horário de inverno). Vê a mensagem de
"Ponto de Encontro" publicada todas as semanas onde são agendadas as voltinhas e passeios dessa semana. Uso obrigatório de capacete.
Contactos: papatrilhosbtt@papatrilhos.com

Nota: os participantes em voltinhas ou eventos Papa Trilhos aceitam a cedência dos direitos de imagem nas fotos tiradas para publicação no site.

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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

10º Passeio BTT Fexpomalveira - 2015-08-16 - 43Km

Reportagem por Paulo Alex

Era para ser mais um domingo de calmaria, com a programada voltinha domingueira dos Papa Trilhos, mas eis que logo no inicio da semana sou abordado por um mail e logo depois um telefonema... "viste o mail que te enviei... e que tal irmos a este passeio... são só 10€". Bem... já tinha visitado o site, mas o local não era propriamente apelativo por comentários anteriores: "Malveira, aquilo é só subir!". A verdade é que no site estava publicitado o dito passeio, com 45Km de distância e prometidos 1000m de acumulado. Pensei... não há-se ser muito complicado. Depois de todo o processo de autorizações, estávamos aptos para efectivar a inscrição. Eu do lado de cá e o Pena do lado lá (sim, a culpa disto tudo é do Pena), lá nos inscrevemos. Agora já está!

Chegou o domingo e fizemos-nos à estrada... de carro, é claro! Foram 45min até à Malveira (não medi o acumulado) e ao chegarmos fomos tratar de todas a formalidades... check-in, despachar bagagem, controlo de policia, ver a porta de embarque... blá blá blá... (isto é falta de férias!). E ainda encontrámos o nosso amigo Vitor Rebelo.

O dia estava cinzento e já havíamos apanhado uns chuviscos pelo caminho. Sabíamos que iríamos apanhar os trilhos um pouco escorregadios, mas com uma óptima temperatura para a prática do BTT. Depois do briefing da organização, poucos minutos depois das 09.00h iniciámos a nossa aventura pelos trilhos da Malveira. Saímos junto à Junta de Freguesia e os primeiros Kms foram pelas estradas locais, sempre em alcatrão. Ia tudo atrasado para o abastecimento (a julgar pela "velocidez" da maioria dos participantes), pois na publicidade do passeio falava-se numas sandes de leitão.

A verdade é que os primeiros kms foram um pouco rolantes, até entrarmos no trilhos. Aí as coisas mudaram. Nós íamos a um bom ritmo e o GPS acusava 100m de acumulado por cada 5Km percorridos (se for sempre assim, até nem está mau!, pensei eu). Se olharem para o track, vêm que fartamos de dar voltinhas. Podia estar aqui a divagar pelas terriolas que passámos, mas a verdade é que íamos demasiado concentrados no passeio... ou nas sandes!

O primeiro abastecimento foi mais ou menos ao Km 17. Antes já tinha dado a 1ª queda, sem consequências, a não ser o orgulho. Voltando ao abastecimento, lá estavam elas, sandes de leitão, arroz doce, melão, minis (sim, leram bem, minis!), sumos e águas. Cumprimos o ritual, e que bem que soube! Abastecemos de água e continuámos...

Ainda não estávamos a metade do percurso e a coisa até nem estava a correr mal. O tempo continuava bom, os trilhos e paisagens a condizer, alguns trilhos mais técnicos, umas descidas manhosas, umas subidas para o acumulado... enfim, tudo normal, tal como a próxima foto demonstra.

Voltando ao cartaz publicitário, outra característica do passeio era que iríamos passar por dentro da Tapada de Mafra. Já tinha pedalado por alguns dos trilhos da Tapada, por isso sabia que nos esperava mais umas belas paisagens, umas belas subidas e, com sorte, podia ser que nos cruzássemos com algum javali.

Não sei se antes ou já dentro da Tapada, porque não dei por entrar dentro da Tapada, apenas o soube quando vimos o muro a um dos portões de saída, quando fui mais uma vez ao tapete. A roda da frente resvalou ligeiramente num minúsculo ressalto do trilho e... já está! Aqui já fiquem coxo do músculo da perna e pintura riscada, nada de especial, a bicicleta está bem! Mais à frente, perto do Km 31, o 2º abastecimento. Igual ao 1º em termos de conteúdo, reforçado com um apoio mecânico a quem pedimos assistência para lubrificação da corrente (não sei que óleo era, mas o Pena, pela viscosidade, cor, e outras propriedades, concluiu que aquilo devia ser para tractores). Se era ou não, não sei, mas lá ajudou as mudanças a entrarem melhor, pois a corrente já estava seca.

Continuámos dentro da Tapada com a descida da manhã (+/- tipo Tábua, mas sem pontes) e mais umas quantas subidas! Já havíamos passado os 1000m de acumulado e não víamos o fim à vista. Pouco antes do Km 40 lá saímos da Tapada onde os únicos animais que vimos eram de raça humana e também uns quantos cavalos, pois, paralelamente também estava a desenrolar-se um passeio equestre.

1050... 1100... 1150... 1200... Se calhar tinha o GPS com algum defeito, ou então a pressão atmosférica estava a baralhar o barómetro que mede a altimetria. A verdade é que aquilo não parava, e quando pensei que ainda faltam 3Km para terminar, eis que vemos a Malveira! Fim à vista. Ultimo single track para as traseiras do campo de futebol, mais uns metros e chegada! Não foram 45Km, mas umas dezenas acima dos 43Km.

À chegada não houve palmas (sentimos falta da nossa inigualável claque), mas tivemos água quentinha para o banho.

Balanço: foi um passeio duro, mas reconfortante, pois permitiu aferir a condição física para o que aí vem. A exigência técnica também foi acima do que estamos habituado a fazer na nossa Serra, mas como tudo, o desafio foi superado, e com isso a inevitável satisfação.


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