PAPA TRILHOS - HÁ 16 ANOS A PEDALAR COM A NATUREZA. TRAVESSIA 2024 - PEREGRINAÇÃO A SANTIAGO - 30 DE MAIO A 02 DE JUNHO. .

Papa Trilhos® - Fernão Ferro/Seixal

Os Papa Trilhos surgiram a partir de um grupo de amigos que têm em comum o gosto pelo BTT e cujo o lema é "Pedalar com a Natureza".

Aos domingos de manhã alguns elementos da equipa e outros amigos juntam-se para ir pedalar. Por isso se também quiseres ir pedalar, aparece no Parque das Lagoas de Fernão Ferro/Seixal (largo das festas populares - GPS 38,557800º -9,091630º), aos domingos, 08.00h (horário de verão), 08.30h (horário de inverno). Vê a mensagem de
"Ponto de Encontro" publicada todas as semanas onde são agendadas as voltinhas e passeios dessa semana. Uso obrigatório de capacete.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Arrabida Wild Park Safari - 2015-08-02 – 60Km

Reportagem por Pedro Santos


Já com o Sol a queimar, eram poucos os que desciam de Fernão Ferro, mas suficientes para a escolta ao guia do dia – o Ni. Ainda nem saímos para a voltinha e já o guia começa a ser incentivado a trazer dificuldade para a coisa. Sempre muito - demasiado mesmo - na “horizontal”, num percurso que, embora longo, ainda não passava de aquecimento, começa-se a deslumbrar o lado escolhido para a entrada na serra. Alguns ainda iam ficando felizes pelo adiar das subidas mas é então que, finalmente, lá apareceu uma ou duas, mas das boas, daquelas que nos fazem fazer contas de cabeça quanto custa meter mais uns dentes na cassete...

Com o sangue a ser canalizado para as pernas, e como este é finito, a grande intensidade das poucas (raras) subidas obrigou a dispensar parte do que serviria à oxigenação do cérebro, o que nos permitiu entrar na serra pelo lado da “Arrabida Wild Park”! Não é fácil conseguir encontrar este ponto de entrada já que este requer uma enorme falta de preparação, aliada à presença de algumas subidas. Um pouquito de álcool, remanescente do ainda jantar de sábado à noite também ajuda! Só com estes ingredientes é possível ver cenários alternativos, impedidos a pessoas num estado, dito, normal. Felizmente, foi possível registar fotograficamente alguns desses momentos e assim partilhá-los com os que não conseguiram alcançar o tal, exigido, estado. Os trilhos escolhidos pelo guia foram em determinada altura bastante interessantes, permitindo entrar em atmosferas bastante selvagens da serra da Arrábida, onde até se deslumbraram algumas visões menos frequentes nas nossas voltas domingueiras. Haviam por ali uma(s) pessoa(s) que se servem frequentemente da figura da “liberdade de expressão” e a adaptam para “liberdade de garganta”. Os pedidos para subidas continuavam, mas quando apareciam (raramente), lá haviam os comentários de fundo: - É só garganta!

Continuando os trilhos encantados, por assim dizer, passámos ao lado de alguns animais. Aqui pode observar-se nitidamente como eram vistos estes seres selvagens, quando observados pelo pessoal que se enquadra nas pessoas “normais”:

Mas estes animais, quando observados por quem ainda se encontram com a gestão de oxigénio activada para a função de “Recuperação”, a figura era parecida, mas não igual!

O guia, provavelmente apercebendo-se que andavam por ali uns deficitários de água e comida (e descanso) decide então levar-nos até Palmela, para tirarmos a fotografia de grupo. Aproveita-se para repor os níveis de discernimento para um mínimo aceitável. Volta-se à montada desta vez em direcção a Pinhal Novo. E não é que o nosso guia, também com alguma provável lacuna, lamentavelmente para alguns, impiedoso para outros, decide aumentar, de forma drástica, a dificuldade da volta? Numa decisão que poucos estavam à espera, de forma surpreendente, não fomos aos Pasteis de Nata! Acreditem! Passámos ao lado e não parámos!!! Enfim, nem tudo pode ser perfeito, mas deixa aqui algum potencial para algo que pode vir a ser melhorado e corrigido, em voltinhas futuras. Mas pronto, lá no fundo, no fundo, os mais gordinhos agradecem, mesmo sendo esses os mais sequiosos pelo famoso pastelinho... Resultado desta situação de improviso, uma leoa (não, não foi a Fátima), decide-se atirar de forma impiedosa ao António! Conseguindo este escapar ileso, o mesmo não se pode dizer da bicicleta que ficou com um probleminha na pedaleira, mas que eliminou as mudanças. Já quanto à leoa, era perfeitamente visível o ar de satisfação pela conseguida paragem forçada.

Como se costuma dizer, o azar de uns é a sorte de outros. Houve quem aproveitasse para se abastecer, até porque havia espaço, antes reservado para hipotéticos pasteis de nata.

Ah pois é! Não se caça com cão, caça-se com gato, o que também não correu assim tão mal, já que a avaria demorou bastante a ser arranjada. Enquanto uns estavam na desgraça a arranjar bicicletas e a remendar furos, outros iam aproveitando as maravilhas que a selva nos pode dar... Neste momento, não era na SELVA, mas sim na SILVA...

Mal começamos a andar, não é que vem um furo? E quem era? O António!! Era o dia não do António! Já diz o ditado (outro) que por detrás de um grande homem está uma grande mulher. Esse facto ficou perfeitamente constado nesta volta. Ao ver o António inoperacional pelo acumular de problemas técnicos ...

...eis que a Fátima decide assumir a cabeça do pelotão e assim obriga, como líder, a manter sempre elevado o ritmo da volta. Era o dia SIM da Fátima. Neste caso, pela enorme coincidência dos protagonistas, pode afirma-se que as contas “sorte-azar” ficaram balanceadas, lá em casa ;) Os furos são como os azares, vêm sempre aos pares. Como na bicicleta do António por mais problemas que aparecessem já não conta como “par” para assegurar verdadeiro este ditado popular, o Pacheco decidiu contribuir com mais um furito e assim manter viva a verdade absoluta dos dizeres. Lá se passaram mais uns momentos com alguns à sombra, a olhar, e um a trabalhar:

Mas como sempre, lá se arranjou (tapou) o furo e a bicicleta rolava de novo. Era visível o ar de vitória!

O grupo começava a apresentar grande vontade de regressar a casa, até porque o sol continuava a queimar e nós também já estávamos a começar a ficar queimados... Uns saiam para um um lado, outros iam para outro e o grupo lá ia perdendo elementos à medida que a volta chegava ao fim. Mais uma grande surpresa, quando se iniciava mais uma separação do grupo, não é que surge, do nada, um carro onde que a igualdade de género estava totalmente comprometida pelo domínio absoluto feminino no seu apinhado interior, austentando um ramo de flores na mão, a gritar pelos que ainda se dirigiam ao último estágio da volta. Acho que isto é “IMPULSE”! É claro que eu, também por “Impulso” saltei de imediato do grupo que se dirigia já para casa, e passei de imediato a integrar este outro, muito mais bem acompanhado, diga-se. Talvez por inexperiência, ou por excessiva consciência, o guia deixa escapar o dito automóvel. Claro, após esta perda, tivemos que ter uma conversa pessoal, só entre nós dois, explicando que há limites e para que, da próxima, não deixar ir assim....

O Arcângelo, arrependido de ter ido cedo demais para casa, à boleia dum dos grupos que havia já ido mais cedo para casa, decidiu, e bem, juntar-se neste último ponto da volta: O ponto da “Mine”.

E pronto, todos lá chegamos a casa e, apesar de algumas paragens forçadas, até se manteve um ritmo bastante interessante, resultante das raras e poucas subidas.

Nota: reportagem enviada a 12 Agosto, ou seja, depois do prazo para a respectiva contabilização de kms.

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