
Lembretes desta semana:
- N/A
Reportagem por Paulo Alex
Fátima estava à vista.... porque era o último dia. Esperava-nos menos kms para um percurso mais exigente. Sabiamos que a saída de Alcobaça seria a subir e assim foi... 4Kms mais exigentes e mais 3, que embora com uma ligeira inclinação, nem parecia a subir. Afinal não custou tanto como estávamos a pensar no dia anterior.
A direcção era Porto de Mós que estava ao Km 20. A seguir tínhamos de passar a serra para o outro lado, e isso trazia desafios e dificuldades adicionais. Primeiro passámos algumas ribeiras que serviu para lavarmos os sapinhos e chegarmos limpinhos a Fátima. Depois, tivemos uma mini-labruja que nos consumiu algum tempo e energia. Mas uma peregrinação é mesmo assim!
Depois de descermos a serra, tiramos nova subida até à Pia do Urso onde estava a decorrer uma prova de trail. Conseguimos autorização para passar pelo meio da aldeia e já com o aroma de Fátima, fizemos os últimos kms com a satisfação acrescida de irmos cumprir mais um objectivo.
À chegada, tínhamos os nossos acompanhantes familiares à nossa espera. Entre beijos e abraços, cumprimentamos-nos com sentimento e emoção. Depois de arrumarmos as bikes, fomos para o restaurante repor algumas energias e desfrutar da companhia de todos e dos nossos familiares.
Foram 4 dias a pedalar cerca de 250Km com mais de 4500m de acumulado positivo. Foi a primeira aventura Papa Trilhos em que pedalámos 4 dias consecutivos, o que nos trouxe também desafios adicionais. Os agradecimento vão para todos aqueles que nos apoiaram, as nossas famílias, os acompanhantes que foram ter connosco a Fátima, às meninas que foram ter connosco durante o percurso (Marlene, Nanda, Fátima e Célia), ao Nelson que esteve sempre disponível para acudir às várias aflições mecânicas e ao Borda D'Água que nos acompanhou durante todo o percurso em modo carro de apoio e que nos ia abastecendo de água em todos os cantos do percurso. Aos Papa Trilhos, os meus agradecimentos opor mais esta aventura!
Reportagem por Paulo Alex
Depois do pequeno almoço, despedimos da Foz do Arelho com uma bela subida em direcção à estrada nacional litoral para S. Martinho, também conhecida por Estrada Atlântica. Estava muito vento, mais que o dia anterior e subida era um pouco longa. Esta parte do percurso, até S. Martinho era mais ou menos repetido que o que fizemos há 10 anos, quando fomos a Fátima, via Alfazeirão.
A 1ª paragem foi no miradouro da Arrinhada para umas fotos. Depois continuámos pela especialidade de ciclovia aproveitada na berma da estrada, até virarmos para os trilhos mais litorais. O objectivo era irmos almoçar à Nazaré. Para isso, fizemos vários sobe e desce até, antes da Nazaré, sermos confrontados para uns estradões com bastante areia que nos fez andar a pé.
Na Nazaré, subimos ao largo da igreja para umas fotos panorâmicas. O sol despertou e hoje sentia-se um pouco mais de calor. Depois do almoço, seguimos viagem com uns primeiros kms por entre o pinhal, o que também obrigou a alguma actividade pedestre por causa da areia. Estávamos a deixar o litoral para trás para irmos em direcção a Aljubarrota. Os últimos kms seria sempre a descer, mas atenção, seriam exactamente os mesmos que no dia seguinte teríamos de fazer em sentido contrário.... Por isso, ficámos um pouco preocupados com o que nos aguardaria no inicio do dia seguinte.... sim, porque algumas descidas foram bastante íngremes.... e também contámos cerca de 7Km. Mas isso seria no dia seguinte.
Agora, chegádos a Alcobaça, havia de desfrutar da cidade. O hotel tinha vista directa para o Mosteiro, património da Unesco e cuja construção já tem uns bons séculos - desde o século XII.
O jantar estava anunciado com uma gastronomia local, o Frango na Pucara. E não se irão arrepender de provar quando passarem por Alcobaça.
Reportagem por Paulo Alex
O 2º dia irá-nos levar até à Foz do Arelho. Saímos da Areia Branca com o céu bastante carregado, um pouco de frio e uns pequenos chuviscos. Começámos logo a subir e fomos em direcção a Peniche. Para que a etapa não fosse demasiado curta, fizemos um tour pela cidade de Peniche. O vento estava mais forte e seria assim o resto do dia.
À saída de Peniche, ainda antes do Baleal, ouvimos alguém entoar com o entusiasmos o nome dos Papa Trilhos. Mas quem seria que, longe de Fernão Ferro, conheceria os Papa Trilhos? Uns metros mais à frente revelaram-se 4 apoiantes perdidas por aquelas bandas - Marlene, Nanda Pena, Fátima Saiote e a Célia Branco. Foi uma surpresa para todos nós....
Como já estava na hora de almoço, parámos em Ferrel para vermos o que poderíamos petiscar para repor energias. As meninas acabaram por almoçar connosco e o Borda D'Água também se juntou a nós.
Os kms seguintes seria em direcção às Praias Del Rey, por meio dos empreendimentos cujas casas parece que nascem como cogumelos. Chegámos depois à Lagoa de Óbitos com o ponto alto da etapa, os trilhos e passadiços à volta da lagoa até ao destino final, a Foz do Arelho.
Contornamos a lagoa, em trilhos sempre planos e bastante agradáveis, embora com bastante vento. Antes de chegarmos à Foz do Arelho ainda fizemos uma pequena paragem para apreciar a paisagem e repor algumas energias.
Já na Foz do Arelho, depois de acomodarmos no hotel, bastante agradável - Hotel Água d'Alma, fomos terminar o dia no restaurante local. Hoje tínhamos pedalado cerca de 70km e o acumulado mais soft dos 4 dias.
Reportagem por Paulo Alex
Tinha chegado o dia.... o inicio na Peregrinação Papa Trilhos a Fátima, o evento de 2025. Para esta aventura, estão programados 4 dias a pedalar desde Sintra até chegarmos a Fátima. Nesta 1ª etapa, iremos até a Areia Branca. Para começarmos em Sintra, optámos pro ir de autocarro desde Fernão Ferro. às 06h lá estávamos prontos para fazer o tradicional Tetris de bicicletas no porão do autocarro. Chegamos a Sintra, fizemos o processo inverso e começámos a pedalar ainda antes das 08h.
O tempo estava nublado mas não havia previsão de chuva, embora Sintra seja sempre uma incógnita. Fizemos alguns estrados e estradas secundárias. Os trilhos que íamos fazendo tinham algum pequenos troços de lama, que já estávamos a contar, pois os últimos dias, aliás semanas, talvez meses, não tem parado de chover.
Com o pessoal animado, tipico dos primeiros kms, lá fomos progredindo. O nosso apoio, Borda D'Água, ía-nos acompanhando de carro, cruzando-se connosco em vários pontos. Com cerca de 15Km, tivemos a primeira avaria. Num desequilíbrio ao recomeçar a pedalar, o João Branco deixa cair a bicicleta e o dropout não resistiu. Não sendo possível reparar, remediou-se com uma tentativa de Single speed e o João lá conseguiu chegar à Ericeira.
Optámos por almoçar por lá e o João aproveitou para trocar de bike activando a assistência em viagem Célia. Continuámos a nossa etapa, com o mar do nosso lado esquerdo que nos ia proporcionado bonitas paisagens. Alguns trilhos tínhamos de fazer à mão devido aos regos das chuvas e à própria geologia do terreno.
Depois da Ericeira, passámos Ribamar, Santa Cruz, Porto Novo, até chegarmos à Areia Branca já ao final do dia. Pelo caminho fomos acumulado subidas, num sobe e desce constante.
A noite foi na Pousada da Juventude de Areia Branca, depois de um jantar no restaurante da Foz, mesmo à beira mar.
Reportagem por Mário San